Por Juliana Aretakis e Lis Veras do Jornal Folha de Pernambuco
Finalizando a série de reportagens que abordaram a questão da infraestrutura das principais praias do Litoral Pernambucano, a Folha de Pernambuco realizou uma reportagem que questiona a qualidade da saúde e da segurança oferecidas à população que procura as praias. Apesar de apresentarem um decréscimo nos números de violência, como assaltos e arrombamentos, a falta de médicos e ambulâncias ainda são problemas comuns para moradores e visitantes dos balneários. Nessa reportagem, a série é encerrada com a denúncia de veranistas e habitantes, na esperança de um melhor atendimento na saúde e reforço na segurança local.
Com algumas exceções, a saúde pública no Brasil é famosa pela má qualidade dos serviços prestados à população nas capitais, como também em cidades menores. Em Goiana, onde a procura pelas praias do município é grande neste período do ano, a situação não foge à regra. Moradores e até quem trabalha na saúde, denunciam o descaso. Nesta semana que passou, numa visita à Unidade Mista de Tejucupapo, utilizada como maternidade e posto de prontoatendimento, que também atende a população de Carne de Vaca, a Folha encontrou uma situação de abandono e desatenção por parte das autoridades responsáveis.
Na ocasião, grande parte dos funcionários, inclusive a substituta da diretora, desapareceu dos corredores. Somente uma funcionária mais antiga apresentou os problemas do local. É possível ver e sentir o cheiro de mofo, presente em todas as paredes. A única incubadora da sala de parto está inutilizada há meses e não existem condições para realizar partos. A autoclave, máquina usada para esterilização de equipamentos, e os condicionadores de ar, estão quebrados desde 2008. Um dos banheiros apresenta infiltrações, chegando a ter pequenas plantas nascendo no chão. No quarto onde os pacientes ficam em observação não há janelas nem ventilador.
A dona de casa Jussara Campos, 22, não encontra problemas quando leva seu filho, Jean Filipe, 2, para fazer nebulização. Entretanto, ela critica: “outros serviços não são bem prestados”. O pequeno Jean tem alergia à poeira. Para conseguir remédio, mãe e filho precisam ir até o Imip, no Recife. “Ele já vai fazer três anos e eu nunca consegui atendimento em lugar nenhum. Só descobri que ele tinha essa alergia porque paguei exames quando ele nasceu”, lamentou Jussara. Consulta mesmo, o pequeno vai ter uma no final deste ano.
Na Unidade Mista de Pontas de Pedra, o médico atende na farmácia, pois a casa está interditada para reforma. A dona de casa Fátima Melo Cruz, 47, que na semana passada estava veraneando na praia, sentiu sintomas de virose e precisou tomar soro numa cadeira de plástico improvisada, no corredor do local.
O secretário de Saúde de Goiana, Ernani Paiva, disse que existem dez postos do Programa de Saúde da Família (PSF) para atender a população litorânea, além de outros sete nas áreas rural e urbana da cidade. “Precisamos ampliar a quantidade de PSFs, em todas as áreas do município”, admite.
Finalizando a série de reportagens que abordaram a questão da infraestrutura das principais praias do Litoral Pernambucano, a Folha de Pernambuco realizou uma reportagem que questiona a qualidade da saúde e da segurança oferecidas à população que procura as praias. Apesar de apresentarem um decréscimo nos números de violência, como assaltos e arrombamentos, a falta de médicos e ambulâncias ainda são problemas comuns para moradores e visitantes dos balneários. Nessa reportagem, a série é encerrada com a denúncia de veranistas e habitantes, na esperança de um melhor atendimento na saúde e reforço na segurança local.
Com algumas exceções, a saúde pública no Brasil é famosa pela má qualidade dos serviços prestados à população nas capitais, como também em cidades menores. Em Goiana, onde a procura pelas praias do município é grande neste período do ano, a situação não foge à regra. Moradores e até quem trabalha na saúde, denunciam o descaso. Nesta semana que passou, numa visita à Unidade Mista de Tejucupapo, utilizada como maternidade e posto de prontoatendimento, que também atende a população de Carne de Vaca, a Folha encontrou uma situação de abandono e desatenção por parte das autoridades responsáveis.
Na ocasião, grande parte dos funcionários, inclusive a substituta da diretora, desapareceu dos corredores. Somente uma funcionária mais antiga apresentou os problemas do local. É possível ver e sentir o cheiro de mofo, presente em todas as paredes. A única incubadora da sala de parto está inutilizada há meses e não existem condições para realizar partos. A autoclave, máquina usada para esterilização de equipamentos, e os condicionadores de ar, estão quebrados desde 2008. Um dos banheiros apresenta infiltrações, chegando a ter pequenas plantas nascendo no chão. No quarto onde os pacientes ficam em observação não há janelas nem ventilador.
A dona de casa Jussara Campos, 22, não encontra problemas quando leva seu filho, Jean Filipe, 2, para fazer nebulização. Entretanto, ela critica: “outros serviços não são bem prestados”. O pequeno Jean tem alergia à poeira. Para conseguir remédio, mãe e filho precisam ir até o Imip, no Recife. “Ele já vai fazer três anos e eu nunca consegui atendimento em lugar nenhum. Só descobri que ele tinha essa alergia porque paguei exames quando ele nasceu”, lamentou Jussara. Consulta mesmo, o pequeno vai ter uma no final deste ano.
Na Unidade Mista de Pontas de Pedra, o médico atende na farmácia, pois a casa está interditada para reforma. A dona de casa Fátima Melo Cruz, 47, que na semana passada estava veraneando na praia, sentiu sintomas de virose e precisou tomar soro numa cadeira de plástico improvisada, no corredor do local.
O secretário de Saúde de Goiana, Ernani Paiva, disse que existem dez postos do Programa de Saúde da Família (PSF) para atender a população litorânea, além de outros sete nas áreas rural e urbana da cidade. “Precisamos ampliar a quantidade de PSFs, em todas as áreas do município”, admite.