Enfermeira que matou Yorkshire não será mais presa
O delegado Carlos Firmino Dantas, de Formosa (GO), afirmou que a enfermeira Camila Corrêa, de 22 anos, será julgada por maus-tratos e exposição da filha a constrangimento no caso de espancamento e morte da cadela yorkshire Lana. A pena prevista para os dois crimes deve resultar em 1,5 ano de detenção, garantiu o policial. O inquérito será encerrado em 10 dias e enviado à Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, na primeira semana de 2012. “A enfermeira não será recolhida ao cárcere, não terá restrição de liberdade, mas deixará de ser ré primária”, avaliou o policial. “Isso significa que ela ficará limitada ao pagamento de cestas básicas ou prestação de serviços à comunidade”, disse.
A previsão de pena branda deve-se a três razões básicas. A enfermeira colaborou com as investigações, todos os seus vizinhos a apontaram como uma pessoa “boa e tranquila”. E após entrevista dada por ela na porta da delegacia, ocorreram manifestações públicas favoráveis a ela. “Nem a vizinha que a denunciou disse o contrário em depoimento na delegacia”, frisou o delegado. A questão central após o caso será uma mudança na lei. Assim, maus tratos a animais deixaria de ser “contravenção penal”, punível por meio de prisão simples ou multa, e passaria a ser crime em que o infrator terá reclusão ou detenção.