03 fevereiro 2011

Pontas de Pedra participa do cortejo ambiental da CPRH

Secom Goiana

O cortejo ambiental de janeiro do “Projeto Verão Ambiental: essa é a nossa praia!” da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), ocorreu no domingo (30), na beira-mar da praia de Ponta de Pedras, em parceria com a Prefeitura de Goiana. Um grupo teatral realizou uma performance na qual os atores, encenando uma tartaruga que luta contra os plásticos descartados na praia; o caranguejo fugitivo do mangue em busca de um meio ambiente mais saudável e o banhista mal-educado que leva o cachorro para passear em plena faixa de areia, conseguiram mobilizar moradores, veranistas e comerciantes da orla.

A dentista Socorro Lira aproveitou a passagem do cortejo para desabafar: “A população também precisa fazer a sua parte, não descartando o lixo no lugar que bem entende. Outro problema freqüente é o som de alguns carros ligado em volumes altíssimos”. Na semana passada, a amiga de Socorro, Madalena Novaes, foi vítima de uma bolada. Isso quando a Lei Estadual 12.810, proíbe o jogo de futebol e frescobol, em todos os dias da semana dos meses de janeiro, julho e dezembro, entre 8h e 16h.

A meta do projeto que passou por Itamaracá, Tamandaré, Olinda e Recife é incentivar nas pessoas o comportamento coerente com a preservação ambiental. O Verão Ambiental também conta com uma cartilha e um vídeo, contendo informações sobre os principais problemas existentes e orientações para os frequentadores das praias.  

De acordo com a gerente de Educação Ambiental da CPRH, Lúcia Maria, os materiais educativos servirão de subsídios para apoiar durante todo ano ações educativas junto a setores estratégicos, como educação, turismo, comércio, poder público, entre outros        .

Acompanhe em primeira mão alguns trechos da cartilha do Projeto Verão Ambiental que será lançada agora em fevereiro:

Proibida a entrada de animais
Há quem acredite que praia combina com cachorro, com cavalo! Mas não é bem assim. Os animais podem contaminar a areia e a água da praia, com fezes e urina. Entre as principais doenças transmitidas estão as verminoses e o bicho geográfico. 

O mar não está para peixe!
A pesca de arrastão é prejudicial à biodiversidade marinha, pois a rede revolve o fundo do mar e arrasta tudo que encontra, destruindo o habitat dos animais marinhos. Os alevinos (filhotes de peixes) e outras espécies desprezadas, por não possuírem valor comercial ou alimentar, também acabam morrendo.
Sentido proibido
Na praia, a condução de veículos automotores e bicicletas pode causar acidentes.
O seu direito termina quando começa o do outro
Muitas pessoas vão à praia em busca de sossego e querem ouvir os sons das ondas do mar e do vento batendo nas palhas dos coqueiros. O som alto pode prejudicar a audição. Além disso, o abuso da altura do som é proibido por uma série de dispositivos legais.
Protegendo a restinga!
Muitos veranistas têm o hábito de capinar a frente de suas casas, achando que com esta atitude elas ficam mais limpas. Mas essa é uma prática predatória, pois o aparente “mato sem utilidade”, na verdade, é a vegetação de restinga, fundamental para sustentar a areia da praia e evitar erosões.
Cuidando do manguezal
Os estuários e seus manguezais são ecossistemas de transição entre os ambientes terrestre e marinho. Ocorrem em lugares que sofrem influência de marés, permitindo a mistura da água salgada (do mar) com a água doce (do rio). O solo do manguezal é muito rico, graças aos nutrientes trazidos pelas águas dos rios, garantindo um ambiente produtivo. Ele desempenha um papel fundamental para o equilíbrio ecológico, pois funciona como um berçário natural no qual muitas espécies de animais e plantas se desenvolvem.
 
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